JESUS OU YESHUA
OU YAHUSHUA?
Sim o nome é importante, porém existe uma necessidade de traduzi-lo sempre que isso for necessário. Caso contrário, precisaríamos escrever nomes árabes em caracteres arábicos e nomes chineses em ideogramas, o que tornaria os nomes ininteligíveis para ocidentais. Há casos na Bíblia em que nomes são alterados, como Saulo (que na verdade é Saul) que passa a ser identificado como Paulo a partir de certo ponto de Atos dos Apóstolos.
Na tradução de alguns trechos do site "Ask Dr. Brown", cujo autor é especialista em línguas semíticas. Veja o que ele diz:
"O nome hebraico-aramaico original de Jesus é yeshu'a, que é uma forma abreviada de yehosu'a (Josué), assim como Mike é a forma reduzida de Michael. O nome yeshu'a ocorre 27 vezes nas Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento), principalmente em referência ao sumo sacerdote após o exílio na Babilônia, o qual é chamado tanto de yehoshu'a (veja, por exemplo, Zacarias 3:3), como mais frequentemente de yeshu'a (veja, por exemplo, Esdras 3:2). Portanto, o nome Yeshua's não era usual; na verdade, apenas uns 5 homens tinham este nome no Antigo Testamento. Foi assim que o nome se transformou em 'Jesus" em inglês: o yeshu'a hebraico-aramaico se tornou o grego Iesous, e depois o latino Iesus, passando para o alemão e finalmente para o inglês Jesus".
"Por que então alguns se referem a Jesus como Yahshua? Não existe absolutamente qualquer base para essa pronúncia - nenhuma mesmo - e digo isto como alguém que tem um Ph.D. em línguas semíticas. Minha opinião é que algumas pessoas zelosas, porém ignorantes em linguística, acharam que o nome de Yahweh devia aparecer em alguma parte do nome de nosso Salvador, por isso escolheram YAHshua ao invés de Yeshua - mas volto a dizer que não existe qualquer base para esta teoria"
"Quanto à conexão que se costuma fazer do nome Jesus (do grego Iesous) com Zeus, esta é uma das alegações mais ridículas que já foram feitas, mas ela ganhou mais projeção nos últimos anos (a Internet é uma ferramenta maravilhosa para desinformar), e alguns crentes acham que não é apenas preferível usar o nome hebraico-aramaico Yeshua, mas que é realmente errado usar o nome Jesus".
"Na afirmação [de que o nome grego Iesous teria sido fabricado a partir do nome do deus pagão Zeus] há dois mitos: Primeiro, não existe o nome Yahshua (como já demonstrei) e, segundo, não existe qualquer conexão entre o nome grego Iesous (ou Jesus) e no nome Zeus. Nenhuma conexão! Tentar conectar o nome Jesus ao deus pagão Zeus seria como argumentar que Tiger Woods é o nome de uma floresta infestada de tigres na Índia ('tiger woods' em inglês significa literalmente 'floresta do tigre'). É um absurdo e baseia-se numa séria ignorância linguística".
O autor conclui dizendo: "Não se envergonhe de pronunciar o nome JESUS! Esta é a maneira correta de dizer seu nome em inglês, do mesmo modo como Michael é a maneira correta de se dizer, em inglês, o nome hebraico mikhael, e Moisés é a forma inglesa correta de se pronunciar o nome hebraico mosheh. Ore em nome de Jesus, louve em nome de Jesus, e testemunhe em nome de Jesus. E aqueles que querem fazer referência ao fato do Messias ser judeu, que usem seu nome original Yeshua - e não Yahshua ou Yahushua - lembrando que o poder do nome não está na sua pronúncia, mas na PESSOA que o nome representa".
Sim o nome é importante, porém existe uma necessidade de traduzi-lo sempre que isso for necessário. Caso contrário, precisaríamos escrever nomes árabes em caracteres arábicos e nomes chineses em ideogramas, o que tornaria os nomes ininteligíveis para ocidentais. Há casos na Bíblia em que nomes são alterados, como Saulo (que na verdade é Saul) que passa a ser identificado como Paulo a partir de certo ponto de Atos dos Apóstolos.
Na tradução de alguns trechos do site "Ask Dr. Brown", cujo autor é especialista em línguas semíticas. Veja o que ele diz:
"O nome hebraico-aramaico original de Jesus é yeshu'a, que é uma forma abreviada de yehosu'a (Josué), assim como Mike é a forma reduzida de Michael. O nome yeshu'a ocorre 27 vezes nas Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento), principalmente em referência ao sumo sacerdote após o exílio na Babilônia, o qual é chamado tanto de yehoshu'a (veja, por exemplo, Zacarias 3:3), como mais frequentemente de yeshu'a (veja, por exemplo, Esdras 3:2). Portanto, o nome Yeshua's não era usual; na verdade, apenas uns 5 homens tinham este nome no Antigo Testamento. Foi assim que o nome se transformou em 'Jesus" em inglês: o yeshu'a hebraico-aramaico se tornou o grego Iesous, e depois o latino Iesus, passando para o alemão e finalmente para o inglês Jesus".
"Por que então alguns se referem a Jesus como Yahshua? Não existe absolutamente qualquer base para essa pronúncia - nenhuma mesmo - e digo isto como alguém que tem um Ph.D. em línguas semíticas. Minha opinião é que algumas pessoas zelosas, porém ignorantes em linguística, acharam que o nome de Yahweh devia aparecer em alguma parte do nome de nosso Salvador, por isso escolheram YAHshua ao invés de Yeshua - mas volto a dizer que não existe qualquer base para esta teoria"
"Quanto à conexão que se costuma fazer do nome Jesus (do grego Iesous) com Zeus, esta é uma das alegações mais ridículas que já foram feitas, mas ela ganhou mais projeção nos últimos anos (a Internet é uma ferramenta maravilhosa para desinformar), e alguns crentes acham que não é apenas preferível usar o nome hebraico-aramaico Yeshua, mas que é realmente errado usar o nome Jesus".
"Na afirmação [de que o nome grego Iesous teria sido fabricado a partir do nome do deus pagão Zeus] há dois mitos: Primeiro, não existe o nome Yahshua (como já demonstrei) e, segundo, não existe qualquer conexão entre o nome grego Iesous (ou Jesus) e no nome Zeus. Nenhuma conexão! Tentar conectar o nome Jesus ao deus pagão Zeus seria como argumentar que Tiger Woods é o nome de uma floresta infestada de tigres na Índia ('tiger woods' em inglês significa literalmente 'floresta do tigre'). É um absurdo e baseia-se numa séria ignorância linguística".
O autor conclui dizendo: "Não se envergonhe de pronunciar o nome JESUS! Esta é a maneira correta de dizer seu nome em inglês, do mesmo modo como Michael é a maneira correta de se dizer, em inglês, o nome hebraico mikhael, e Moisés é a forma inglesa correta de se pronunciar o nome hebraico mosheh. Ore em nome de Jesus, louve em nome de Jesus, e testemunhe em nome de Jesus. E aqueles que querem fazer referência ao fato do Messias ser judeu, que usem seu nome original Yeshua - e não Yahshua ou Yahushua - lembrando que o poder do nome não está na sua pronúncia, mas na PESSOA que o nome representa".
Este é o termo
utilizado para designar a interpretação de que o homem compõe-se de três
partes, ou elementos essenciais, quais sejam: o espírito, a alma e o corpo (1Ts
5:23).
O corpo (gr. soma) é a matéria da sua constituição; a alma (heb. nephesh, gr. psyche) é o princípio da vida animal que o homem possui em comum com os irracionais.
A ela pertencem o entendimento, a emoção e a sensibilidade, que terminam com a morte. O espírito (heb. ruah, gr. pneuma), é o princípio do homem racional e da vida imortal. Possui razão, vontade e consciência, e se estende à eternidade, após a morte biológica, ou seja, após a morte do corpo.
O corpo (gr. soma) é a matéria da sua constituição; a alma (heb. nephesh, gr. psyche) é o princípio da vida animal que o homem possui em comum com os irracionais.
A ela pertencem o entendimento, a emoção e a sensibilidade, que terminam com a morte. O espírito (heb. ruah, gr. pneuma), é o princípio do homem racional e da vida imortal. Possui razão, vontade e consciência, e se estende à eternidade, após a morte biológica, ou seja, após a morte do corpo.
Em suma:
A tricotomia do
homem
O homem é um ser tricótomo
(1Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em
três” ou “que se divide em três tomos”. Em relação ao homem, o termo tricotomia
refere-se às três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência
neste ponto entre alguns teólogos. Há aqueles que entendem o homem como apenas
um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo e alma (ou
espírito). Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como sendo
uma e a mesma coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o ponto de
vista da tricotomia. Esse conceito da tricotomia crê que o homem é uma
triunidade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de separar as
partes: o corpo de sua parte imaterial.
a) O corpo: É a parte inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo com todos esses elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo valor. No hebraico, a palavra corpo é basar. No grego do Novo Testamento, a palavra corpo é somma. Portanto, o corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv 4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7). O corpo é a parte que se separa na morte física.
b) A alma: É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. A alma precisa do corpo para expressar sua vida funcional e racional. A alma é identificada no hebraico do Velho Testamento por nephesh e no grego do Novo Testamento por psiquê. Esses termos indicam a vida física e racional do homem. Os vários sentidos da palavra alma na Bíblia, como sangue, coração, vida animal, pessoa física; devem ser interpretados segundo o contexto da escritura em que está contida a palavra “alma”. De modo geral, em relação ao homem, a alma é aquele princípio inteligente que anima o corpo e usa os órgãos e seus sentidos físicos como agentes na exploração das coisas materiais, para expressar-se e comunicar-se com o mundo exterior. Nephesh dá o sentido literal de “respiração da vida” (Sl 107.5,9; Gn 35.18; 1Rs 17.21; Dt 12.23; Lv 17.14; Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ecl 11.5; Sl 139.13-16).
c) O espírito: No hebraico é ruach e no grego, pneuma. O espírito do homem não é simples sopro ou fôlego, é vida imortal (Ec 12.7; Lc 20.37; 1Co 15.53; Dn 12.2). O espírito é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo autor cristão escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra coisa que a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de Deus”.
a) O corpo: É a parte inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo com todos esses elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo valor. No hebraico, a palavra corpo é basar. No grego do Novo Testamento, a palavra corpo é somma. Portanto, o corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv 4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7). O corpo é a parte que se separa na morte física.
b) A alma: É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. A alma precisa do corpo para expressar sua vida funcional e racional. A alma é identificada no hebraico do Velho Testamento por nephesh e no grego do Novo Testamento por psiquê. Esses termos indicam a vida física e racional do homem. Os vários sentidos da palavra alma na Bíblia, como sangue, coração, vida animal, pessoa física; devem ser interpretados segundo o contexto da escritura em que está contida a palavra “alma”. De modo geral, em relação ao homem, a alma é aquele princípio inteligente que anima o corpo e usa os órgãos e seus sentidos físicos como agentes na exploração das coisas materiais, para expressar-se e comunicar-se com o mundo exterior. Nephesh dá o sentido literal de “respiração da vida” (Sl 107.5,9; Gn 35.18; 1Rs 17.21; Dt 12.23; Lv 17.14; Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ecl 11.5; Sl 139.13-16).
c) O espírito: No hebraico é ruach e no grego, pneuma. O espírito do homem não é simples sopro ou fôlego, é vida imortal (Ec 12.7; Lc 20.37; 1Co 15.53; Dn 12.2). O espírito é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo autor cristão escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra coisa que a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de Deus”.
Bispo Luiz
Tamburro
Para colocar de forma simples, justificar
significa declarar justo; fazer alguém justo diante de Deus. Justificação é
quando Deus declara justo todo aquele que recebe a Cristo, baseado na justiça
de Cristo sendo debitada às contas daqueles que O recebem. Apesar de que
podemos achar justificação como um princípio por todas as Escrituras, a
passagem principal que descreve justificação em relação aos crentes é Romanos
3:21-26:
“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça
de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé
em Jesus Cristo, para todos {e sobre todos} os que crêem; porque não há
distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados
gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a
quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para
manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça
no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé
em Jesus.”
Somos justificados (declarados justos) no
momento de nossa salvação. Justificação não nos faz justos, mas declara nossa
justiça. Nossa justiça vem de colocarmos nossa fé no trabalho completo de Jesus
Cristo. Seu sacrifício cobre o nosso pecado, permitindo com que Deus nos veja
como perfeitos e sem qualquer mancha. Por causa do fato de que como crentes
estamos em Cristo, Deus vê a justiça de Cristo quando Ele olha para nós. Isso
alcança as exigências de Deus para perfeição; portanto, Ele nos declara justos
– Ele nos justifica.
Romanos 5:18-19 resume esse conceito muito
bem: “Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens
para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre
todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela
desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por
meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” Por que esse
pronunciamento de justiça é tão importante?
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz
com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).
É por causa da justificação que a paz de Deus
pode governar em nossas vidas. É por causa do FATO de justificação que crentes
podem ter a garantia de salvação.
É o FATO de justificação que deixa Deus
começar o processo de santificação – o processo pelo qual Deus torna realidade
em nossas vidas a posição que já ocupamos em Cristo.
Antes de Jesus Cristo como eram salvos os gentios?
Recentemente encontrei este título como uma
frase no campo de busca deste blog, evidentemente alguém que precisa
desta resposta, e isso é algo relevante, pois para todos importa
saber sobre a salvação de Cristo desde os primórdios…
Alguns trechos Bíblicos elucidam esta questão, a
começar por este:
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos
em prisão.”
(1Pedro 3 18 ao 20)
Neste trecho, a palavra de Deus nos revela que após a sua
morte e antes de sua ressurreição, Jesus desceu até o Hades (lugar dos mortos)
e pregou aos Espíritos em prisão. Ou seja, ás pessoas que morreram sem
salvação. É importante compreendermos que o plano de salvação em Cristo Jesus,
não se iniciou no ventre de Maria.
Deus o Criador, em sua infinita misericórdia e grandeza,
afirma que sua vontade é que todos sejam salvos. “O Senhor não
retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para
conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a
arrepender-se. (2Pedro 3:9)
No AT a expiação dos pecados era realizada através dos
holocaustos com todos os rituais judaicos; pois sem derramamento de sangue
não havia perdão. Por isso a necessidade do holocausto, inclusive periodicamente. Somente
o sacerdote apresentava o holocausto para expiação dos pecados de todo o povo,
ou de alguém específico, e para cada pecado um tipo de animal era oferecido, se
tal oferta de manjares fosse aceita, descia fogo dos Céus e consumia o
holocausto. Através da resposta, Deus deixava claro a sua aceitação e
consequentemente seu perdão, isso nos mostra o quanto era restrita a salvação!
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus 9:22)
Notem no texto abaixo a diferença entre a oferta de
Cristo e a dos sacerdotes:
Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;
Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de
oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e
depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. (Hebreus 7 26 ao 28)
É mesquinho e injusto pensar que
Deus entregou à própria sorte todos os povos do AT, viviam como
bárbaros, nômades e guerreiros, quantas almas foram ceifadas naquelas batalhas
sangrentas? Mas, isso não foi o fator primordial, que levou Jesus a pregar para
as estas almas em prisão, e sim o fato de não terem tido oportunidade de
aceitarem Jesus como seu salvador!
Em Jesus se cumpre a justiça eterna do Pai. Por isso não
se espante se chegando no Céu, se depararem com Acabe e Jezabel, pois por eles
também Cristo padeceu, agora só nos resta saber se eles o aceitaram como
Salvador!?
Outro dia conversando com meu irmão, estávamos tentando
imaginar como foi quando Cristo desceu? houve alguém que resolveu
ficar por lá? eu acho que não! então imaginamos que se todos foram
remidos, logo depois da ressureição de Cristo, havia uma enorme faixa nos
portões do inferno escrita:
“Re-inauguração!” rs… Mas, a Bíblia não diz o que houve,
e quantos se salvaram em Cristo naquele momento inédito, o fato é que aqueles
que desceram após Cristo, permanecerão por lá em morte eterna!
Hoje estamos no tempo da graça, Jesus já foi revelado
entre os homens, as boas novas foram proclamadas dos altos Céus e o véu já foi
rasgado!
“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a
baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.” (Mateus 27:51)
Eu os remirei da mão do inferno, e os resgatarei da
morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua
perdição? (Oséias 13:14a)
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno,
a tua vitória? (1 Coríntios 15:55)
Outra observação importante é que após a morte não há
salvação, nem purgatório para purificação nenhuma, pois se assim fosse o
sacrifício de Cristo seria vão?! tampouco regeneração, como dizem os espíritas,
o que houve ali, foi uma situação isolada, única e exclusivamente por ter-se
ocorrido antes do nascimento de Cristo, no período do A.T ou A.C, pois a Bíblia
categoricamente afirma: ” Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.
(Hebreu 9:27)
A grande questão é o “antes” e o “depois” de Cristo,
tais períodos tão importantes para a raça humana que até o calendário
mundial tem como base de datas as siglas A.C e D.C, excepto os “pobres
judeus”.
Digo pobres, porque hoje os que rejeitam a salvação de
Cristo são indesculpáveis: “Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e
dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por
castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu
poder (2Tessalonicenses 8 e 9)
“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho
de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão, Porque
não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hebreus 4:14 e
15)
“E sendo Ele consumado, veio ser a causa de eterna
salvação para todos os que lhe obedecem.” Hebreus 5:9
Ele é o alfa, Ele é o ômega, o Princípio, o meio e o fim!
Por que a Nossa Justificação
Depende da Ressurreição de Cristo?
É a ressurreição de Cristo que dá sustentação à fé:
1. Por ser uma evidência da nossa justificação,
2. Por ter uma influência em nossa justificação.
Houve necessidade da ressurreição de Cristo, para a
aquisição de nossa justificação.
O apóstolo faz a ênfase do argumento em favor da nossa
justificação, na ressurreição do Senhor, porque ao se referir à sua morte como
a primeira grande causa, ele aponta para esta segunda, como que afirmando a sua
importância, por dizer: “ou, antes, quem ressuscitou”, como se tivesse
reconhecido que o argumento da ressurreição poderia até mesmo ser colocado
antes do relativo à morte, como prova da nossa justificação, porque aqui, o que
ele quer demonstrar, é que não há qualquer base legal para sermos condenados à
morte eterna por Deus, e a prova disso está marcada de forma bastante evidente
na ressurreição de Jesus.
Alguém indaga: Por que vocês foram justificados? Por causa
da morte de Cristo, respondemos. Então vem a réplica: “Mas quem garante que a
morte de Jesus foi eficaz para que vocês fossem justificados?”, e a nossa
resposta será: “Porque isto foi comprovado na sua ressurreição, que é a prova
patente que ele foi aceito e justificado pelo Pai, morrendo em nosso lugar,
carregando os nossos pecados sobre o seu corpo, I Pe 2.24.
Sua ressurreição comprova então que a justiça de Deus está plenamente satisfeita pela morte de Cristo. Sua ressurreição pode nos dar plena certeza disso.
Sua ressurreição comprova então que a justiça de Deus está plenamente satisfeita pela morte de Cristo. Sua ressurreição pode nos dar plena certeza disso.
Em segundo lugar, ela teve e tem uma influência em nossa
própria justificação, sim, e uma influência tão grande como a sua morte teve.
Em ambos os aspectos, não podemos ser condenados, porque Cristo ressuscitou.
Ele ressurgiu dos mortos, e nós também juntamente com
ele. Podemos ser justificados e vivificados porque ele vive. Nós vivemos porque
ele permanece vivo, e vivo para sempre.
Como ele próprio afirmou: “porque eu vivo, vós também
vivereis”, Jo 14.19.
E temos a certeza de que podemos viver nele, porque ele pagou completamente toda a nossa dívida de pecados, e Deus está satisfeito com a oferta da Sua vida em sacrifício vicário, ou seja, em nosso lugar.
E temos a certeza de que podemos viver nele, porque ele pagou completamente toda a nossa dívida de pecados, e Deus está satisfeito com a oferta da Sua vida em sacrifício vicário, ou seja, em nosso lugar.
Se o Senhor tivesse pago a nossa dívida em sua morte, mas
caso não revivesse em glória, em sua ressurreição, não poderíamos receber da
sua vida, pela qual somos salvos e vivificados. Ele é o pão vivo que desceu do
céu e alimenta o nosso espírito. Vivemos pela sua vida, e assim deveria ser,
porque foi isto que foi pactuado entre ele e o Pai, antes mesmo que viesse ao
mundo para efetuar a nossa redenção.
Após discorrer sobre a ressurreição em todo o 15º capítulo de I Coríntios, o
apóstolo Paulo fecha o capítulo com um hino de triunfo sobre o pecado e a morte:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o
teu aguilhão. O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a
lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso
Senhor Jesus Cristo.” – 1-Corintios 15:55-57
A nossa ressurreição não será para a segunda morte,
conforme sucederá aos ímpios, mas para a vida, e isto comprova que temos
participado da ressurreição de Cristo, porque fomos justificados por Deus
juntamente com ele, em sua morte e ressurreição.
Assim, afirma o apóstolo:
“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” (Rom 4:25).
“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” (Rom 4:25).
Nesta passagem se afirma expressamente que Jesus
ressuscitou por causa da nossa justificação. Não que o termos sido justificados
tenha sido a causa da sua ressurreição, mas o oposto disto, ou seja, somos
justificados por causa da sua ressurreição.
Então a ressurreição de Cristo não foi apenas uma
evidência, um meio de prova da nossa justificação, mas algo que teve uma
influência causal na própria justificação.
Isto pode ser visto em I Coríntios 15.17, onde o apóstolo argumenta nos seguintes termos: “se
Cristo não ressuscitou, permaneceis ainda nos vossos pecados e a sua fé é em
vão”, ou seja, embora você possa ter a certeza de que a fé opera em você sobre
o mérito da morte de Cristo, no entanto, seria em vão, se Cristo não
ressuscitasse, pois, neste caso, a sua justificação seria nula; e assim
estariam ainda em seus pecados.
Ninguém deve duvidar quanto à verdade de que a morte de
Cristo pagou a nossa dívida de pecados, mas ainda assim, dependíamos também da
quitação dessa divida, e isto seria feito pela sua ressurreição. A conta
deveria ser rasgada e devidamente quitada no céu, de modo que nós, devedores
que éramos da justiça divina, pudéssemos ser liberados da nossa condição de
devedores.
Em sua morte Jesus é o nosso Sacrifício, e em sua
ressurreição e ascensão ao céu, Ele é o nosso Sacerdote e Advogado. Ambas
funções são necessárias para a nossa redenção, e por isso elas se encontravam
prefiguradas na Lei, onde nenhum sacrifício teria valor caso não fosse
apresentado na presença do sumo sacerdote de Israel, e também no tabernáculo, e
quanto ao sacrifício que era oferecido pelo pecado de toda a nação no dia da
Expiação, o sangue teria que ser apresentado no Santo dos Santos, e deveria ser
aspergido sobre o propiciatório da arca da aliança, que representava a presença
de Deus. Assim, também nosso Senhor se apresentou como nosso Sumo Sacerdote no
céu para apresentar o sangue do seu sacrifício na presença do Pai no Santo dos
Santos celestial. Isto é devidamente explicado na epístola aos Hebreus.
Nenhum de nós poderia ter a plena justificação que nos dá
o direito de acessarmos diretamente ao Pai, caso não tivéssemos a nosso Senhor
Jesus Cristo intercedendo por nós, à sua direita, como nosso Sumo Sacerdote.
Por isso importava que ele ressuscitasse dentre os mortos para realizar a sua
função sacerdotal em nosso favor, de modo que sejamos aceitos por Deus Pai.
O Pai designou antes mesmo dos tempos eternos, Tito 1.1-3, o
Filho para realizar estes ofícios para o nosso benefício e para a Sua glória.
Como o ato da justificação é um ato jurídico, no qual
somos os beneficiados, em razão do pagamento da fiança da nossa libertação que
foi pago por nosso Fiador, e por todas os atos atributivos e imputativos para
sermos considerados sem culpa e justos diante de Deus, e então poder desfrutar
de tudo isto porque Jesus não apenas pagou o preço exigido em sua morte, como
também, ressurgiu dos mortos para a realização de todo este aparato jurídico,
necessário à nossa libertação e defesa contra nossos acusadores, agindo como
nosso Advogado no céu, para garantir a nossa justificação.
O apóstolo João, por isso, em sua primeira epístola ao
falar de Jesus como nosso Advogado, I Jo 2.1, ele diz que ele é fiel e justo para
nos “purificar de toda injustiça”, como se referindo de um modo peculiar ao ato
da justificação, caso confessemos os nossos pecados, I João 1.9.
Como isto poderia ter sido feito senão pela sua
ressurreição? Daí ser afirmado na Palavra que ele ressuscitou por causa da
nossa justificação, ou seja, para ativá-la, para administrá-la, para não
somente nos atribuir a sua própria justiça, como também para implantá-la
progressivamente ao nosso caráter, por nos fazer participantes de sua própria
vida e virtudes.
Daí a grande certeza do apóstolo ao indagar: Quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus? Quem os condenará? E então apresenta
o argumento final: eles estão justificados e é Deus quem os justifica desta
forma jurídica incontestável, quer perante toda a Terra, quer perante o céu, ou
até mesmo perante o próprio inferno.
O plano de justificação dos pecadores é perfeito e completamente
seguro, de forma que também é segura a salvação daqueles que são justificados
por meio da fé em Cristo.
Não há neste plano divino qualquer brecha que possa dar
ocasião a uma apelação ou ação por parte de tudo e todos que tentem anular o
direito que Cristo conquistou para os justificados, de modo que eles podem
repousar seguros que este direito nunca poderá lhes ser negado ou retirado,
ainda que parcialmente.
Tão perfeito é o ato da nossa justificação, que se diz
que nosso Senhor aparecerá uma segunda vez em sua volta, sem pecado, Heb 9.28, ou seja, a justificação garantirá a
nossa perfeição espiritual por ocasião de sua volta, de tal forma, que não
haverá nenhuma necessidade que ele carregue de novo os nossos pecados sobre si,
como fizera em seu primeiro advento, para que pudéssemos receber esta
justificação. Assim, aparecerá sem pecado, não que tivesse pecado antes, ou que
estivesse com algum pecado no céu, mas sem a necessidade referida de fazer
expiação pelo pecado em nosso lugar, uma segunda vez. Daí se dizer também, que
tendo ele “ressuscitado dentre os mortos, já não morre mais”, Rom 6.9, ou seja, pela perfeita justificação
que ele operou em nosso favor, jamais haverá necessidade de qualquer outra
expiação que demandasse que ele morresse de novo pelos pecadores. E também se
diz, que com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo
santificados, Heb 10.14.
Agora, todo este argumento da Palavra de Deus em favor da
ressurreição de nosso Senhor como prova e causa da nossa justificação, encoraja
e aumenta a nossa fé nele. Aumenta também a nossa gratidão e amor. Porque ainda
que não cheguemos a ter um conhecimento pleno da real profundidade deste
maravilhoso plano de salvação, ele funcionará para todos os que creem em
Cristo, independentemente do citado conhecimento pleno.
Mas bem faremos em aumentar no conhecimento desta graça e
do Senhor, conforme nos exorta a própria Palavra, para que jamais nos desviemos
da Rocha na qual somos firmados por meio da fé.
“Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão,
acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados,
descaiais da vossa própria firmeza; antes, crescei na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória,
tanto agora como no dia eterno.” – 2-Pedro 3:17-18
Bispo Luiz Tamburro
Para colocar de forma simples, justificar
significa declarar justo; fazer alguém justo diante de Deus. Justificação é
quando Deus declara justo todo aquele que recebe a Cristo, baseado na justiça
de Cristo sendo debitada às contas daqueles que O recebem. Apesar de que
podemos achar justificação como um princípio por todas as Escrituras, a
passagem principal que descreve justificação em relação aos crentes é Romanos
3:21-26:
“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça
de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé
em Jesus Cristo, para todos {e sobre todos} os que crêem; porque não há
distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados
gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a
quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para
manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça
no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé
em Jesus.”
Somos justificados (declarados justos) no
momento de nossa salvação. Justificação não nos faz justos, mas declara nossa
justiça. Nossa justiça vem de colocarmos nossa fé no trabalho completo de Jesus
Cristo. Seu sacrifício cobre o nosso pecado, permitindo com que Deus nos veja
como perfeitos e sem qualquer mancha. Por causa do fato de que como crentes
estamos em Cristo, Deus vê a justiça de Cristo quando Ele olha para nós. Isso
alcança as exigências de Deus para perfeição; portanto, Ele nos declara justos
– Ele nos justifica.
Romanos 5:18-19 resume esse conceito muito
bem: “Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens
para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre
todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela
desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por
meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” Por que esse pronunciamento
de justiça é tão importante?
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz
com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).
É por causa da justificação que a paz de Deus
pode governar em nossas vidas. É por causa do FATO de justificação que crentes
podem ter a garantia de salvação.
É o FATO de justificação que deixa Deus
começar o processo de santificação – o processo pelo qual Deus torna realidade
em nossas vidas a posição que já ocupamos em Cristo.
Antes de Jesus Cristo como eram salvos os gentios?
Recentemente encontrei este título como uma
frase no campo de busca deste blog, evidentemente alguém que precisa
desta resposta, e isso é algo relevante, pois para todos importa
saber sobre a salvação de Cristo desde os primórdios…
Alguns trechos Bíblicos elucidam esta questão, a
começar por este:
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos
em prisão.”
(1Pedro 3 18 ao 20)
Neste trecho, a palavra de Deus nos revela que após a sua
morte e antes de sua ressurreição, Jesus desceu até o Hades (lugar dos mortos)
e pregou aos Espíritos em prisão. Ou seja, ás pessoas que morreram sem
salvação. É importante compreendermos que o plano de salvação em Cristo Jesus,
não se iniciou no ventre de Maria.
Deus o Criador, em sua infinita misericórdia e grandeza,
afirma que sua vontade é que todos sejam salvos. “O Senhor não
retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para
conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a
arrepender-se. (2Pedro 3:9)
No AT a expiação dos pecados era realizada através dos
holocaustos com todos os rituais judaicos; pois sem derramamento de sangue
não havia perdão. Por isso a necessidade do holocausto, inclusive periodicamente. Somente
o sacerdote apresentava o holocausto para expiação dos pecados de todo o povo,
ou de alguém específico, e para cada pecado um tipo de animal era oferecido, se
tal oferta de manjares fosse aceita, descia fogo dos Céus e consumia o
holocausto. Através da resposta, Deus deixava claro a sua aceitação e
consequentemente seu perdão, isso nos mostra o quanto era restrita a salvação!
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus 9:22)
Notem no texto abaixo a diferença entre a oferta de
Cristo e a dos sacerdotes:
Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;
Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de
oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e
depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. (Hebreus 7 26 ao 28)
É mesquinho e injusto pensar que
Deus entregou à própria sorte todos os povos do AT, viviam como
bárbaros, nômades e guerreiros, quantas almas foram ceifadas naquelas batalhas
sangrentas? Mas, isso não foi o fator primordial, que levou Jesus a pregar para
as estas almas em prisão, e sim o fato de não terem tido oportunidade de
aceitarem Jesus como seu salvador!
Em Jesus se cumpre a justiça eterna do Pai. Por isso não
se espante se chegando no Céu, se depararem com Acabe e Jezabel, pois por eles
também Cristo padeceu, agora só nos resta saber se eles o aceitaram como
Salvador!?
Outro dia conversando com meu irmão, estávamos tentando
imaginar como foi quando Cristo desceu? houve alguém que resolveu
ficar por lá? eu acho que não! então imaginamos que se todos foram
remidos, logo depois da ressureição de Cristo, havia uma enorme faixa nos
portões do inferno escrita:
“Re-inauguração!” rs… Mas, a Bíblia não diz o que houve,
e quantos se salvaram em Cristo naquele momento inédito, o fato é que aqueles
que desceram após Cristo, permanecerão por lá em morte eterna!
Hoje estamos no tempo da graça, Jesus já foi revelado
entre os homens, as boas novas foram proclamadas dos altos Céus e o véu já foi
rasgado!
“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a
baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.” (Mateus 27:51)
Eu os remirei da mão do inferno, e os resgatarei da
morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua
perdição? (Oséias 13:14a)
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno,
a tua vitória? (1 Coríntios 15:55)
Outra observação importante é que após a morte não há
salvação, nem purgatório para purificação nenhuma, pois se assim fosse o
sacrifício de Cristo seria vão?! tampouco regeneração, como dizem os espíritas,
o que houve ali, foi uma situação isolada, única e exclusivamente por ter-se
ocorrido antes do nascimento de Cristo, no período do A.T ou A.C, pois a Bíblia
categoricamente afirma: ” Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.
(Hebreu 9:27)
A grande questão é o “antes” e o “depois” de Cristo,
tais períodos tão importantes para a raça humana que até o calendário
mundial tem como base de datas as siglas A.C e D.C, excepto os “pobres
judeus”.
Digo pobres, porque hoje os que rejeitam a salvação de
Cristo são indesculpáveis: “Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e
dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por
castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu
poder (2Tessalonicenses 8 e 9)
“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho
de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão, Porque
não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hebreus 4:14 e
15)
“E sendo Ele consumado, veio ser a causa de eterna
salvação para todos os que lhe obedecem.” Hebreus 5:9
Ele é o alfa, Ele é o ômega, o Princípio, o meio e o fim!
Por que a Nossa Justificação
Depende da Ressurreição de Cristo?
É a ressurreição de Cristo que dá sustentação à fé:
1. Por ser uma evidência da nossa justificação,
2. Por ter uma influência em nossa justificação.
Houve necessidade da ressurreição de Cristo, para a
aquisição de nossa justificação.
O apóstolo faz a ênfase do argumento em favor da nossa
justificação, na ressurreição do Senhor, porque ao se referir à sua morte como
a primeira grande causa, ele aponta para esta segunda, como que afirmando a sua
importância, por dizer: “ou, antes, quem ressuscitou”, como se tivesse
reconhecido que o argumento da ressurreição poderia até mesmo ser colocado
antes do relativo à morte, como prova da nossa justificação, porque aqui, o que
ele quer demonstrar, é que não há qualquer base legal para sermos condenados à
morte eterna por Deus, e a prova disso está marcada de forma bastante evidente
na ressurreição de Jesus.
Alguém indaga: Por que vocês foram justificados? Por
causa da morte de Cristo, respondemos. Então vem a réplica: “Mas quem garante
que a morte de Jesus foi eficaz para que vocês fossem justificados?”, e a nossa
resposta será: “Porque isto foi comprovado na sua ressurreição, que é a prova
patente que ele foi aceito e justificado pelo Pai, morrendo em nosso lugar,
carregando os nossos pecados sobre o seu corpo, I Pe 2.24.
Sua ressurreição comprova então que a justiça de Deus está plenamente satisfeita pela morte de Cristo. Sua ressurreição pode nos dar plena certeza disso.
Sua ressurreição comprova então que a justiça de Deus está plenamente satisfeita pela morte de Cristo. Sua ressurreição pode nos dar plena certeza disso.
Em segundo lugar, ela teve e tem uma influência em nossa
própria justificação, sim, e uma influência tão grande como a sua morte teve.
Em ambos os aspectos, não podemos ser condenados, porque Cristo ressuscitou.
Ele ressurgiu dos mortos, e nós também juntamente com
ele. Podemos ser justificados e vivificados porque ele vive. Nós vivemos porque
ele permanece vivo, e vivo para sempre.
Como ele próprio afirmou: “porque eu vivo, vós também
vivereis”, Jo 14.19.
E temos a certeza de que podemos viver nele, porque ele pagou completamente toda a nossa dívida de pecados, e Deus está satisfeito com a oferta da Sua vida em sacrifício vicário, ou seja, em nosso lugar.
E temos a certeza de que podemos viver nele, porque ele pagou completamente toda a nossa dívida de pecados, e Deus está satisfeito com a oferta da Sua vida em sacrifício vicário, ou seja, em nosso lugar.
Se o Senhor tivesse pago a nossa dívida em sua morte, mas
caso não revivesse em glória, em sua ressurreição, não poderíamos receber da
sua vida, pela qual somos salvos e vivificados. Ele é o pão vivo que desceu do
céu e alimenta o nosso espírito. Vivemos pela sua vida, e assim deveria ser,
porque foi isto que foi pactuado entre ele e o Pai, antes mesmo que viesse ao
mundo para efetuar a nossa redenção.
Após discorrer sobre a ressurreição em todo o 15º capítulo de I Coríntios, o
apóstolo Paulo fecha o capítulo com um hino de triunfo sobre o pecado e a morte:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o
teu aguilhão. O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a
lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso
Senhor Jesus Cristo.” – 1-Corintios 15:55-57
A nossa ressurreição não será para a segunda morte,
conforme sucederá aos ímpios, mas para a vida, e isto comprova que temos
participado da ressurreição de Cristo, porque fomos justificados por Deus
juntamente com ele, em sua morte e ressurreição.
Assim, afirma o apóstolo:
“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” (Rom 4:25).
“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” (Rom 4:25).
Nesta passagem se afirma expressamente que Jesus
ressuscitou por causa da nossa justificação. Não que o termos sido justificados
tenha sido a causa da sua ressurreição, mas o oposto disto, ou seja, somos
justificados por causa da sua ressurreição.
Então a ressurreição de Cristo não foi apenas uma
evidência, um meio de prova da nossa justificação, mas algo que teve uma
influência causal na própria justificação.
Isto pode ser visto em I Coríntios 15.17, onde o apóstolo argumenta nos seguintes termos: “se
Cristo não ressuscitou, permaneceis ainda nos vossos pecados e a sua fé é em
vão”, ou seja, embora você possa ter a certeza de que a fé opera em você sobre
o mérito da morte de Cristo, no entanto, seria em vão, se Cristo não
ressuscitasse, pois, neste caso, a sua justificação seria nula; e assim
estariam ainda em seus pecados.
Ninguém deve duvidar quanto à verdade de que a morte de
Cristo pagou a nossa dívida de pecados, mas ainda assim, dependíamos também da
quitação dessa divida, e isto seria feito pela sua ressurreição. A conta
deveria ser rasgada e devidamente quitada no céu, de modo que nós, devedores
que éramos da justiça divina, pudéssemos ser liberados da nossa condição de
devedores.
Em sua morte Jesus é o nosso Sacrifício, e em sua
ressurreição e ascensão ao céu, Ele é o nosso Sacerdote e Advogado. Ambas
funções são necessárias para a nossa redenção, e por isso elas se encontravam
prefiguradas na Lei, onde nenhum sacrifício teria valor caso não fosse
apresentado na presença do sumo sacerdote de Israel, e também no tabernáculo, e
quanto ao sacrifício que era oferecido pelo pecado de toda a nação no dia da
Expiação, o sangue teria que ser apresentado no Santo dos Santos, e deveria ser
aspergido sobre o propiciatório da arca da aliança, que representava a presença
de Deus. Assim, também nosso Senhor se apresentou como nosso Sumo Sacerdote no
céu para apresentar o sangue do seu sacrifício na presença do Pai no Santo dos
Santos celestial. Isto é devidamente explicado na epístola aos Hebreus.
Nenhum de nós poderia ter a plena justificação que nos dá
o direito de acessarmos diretamente ao Pai, caso não tivéssemos a nosso Senhor
Jesus Cristo intercedendo por nós, à sua direita, como nosso Sumo Sacerdote.
Por isso importava que ele ressuscitasse dentre os mortos para realizar a sua
função sacerdotal em nosso favor, de modo que sejamos aceitos por Deus Pai.
O Pai designou antes mesmo dos tempos eternos, Tito 1.1-3, o
Filho para realizar estes ofícios para o nosso benefício e para a Sua glória.
Como o ato da justificação é um ato jurídico, no qual
somos os beneficiados, em razão do pagamento da fiança da nossa libertação que
foi pago por nosso Fiador, e por todas os atos atributivos e imputativos para
sermos considerados sem culpa e justos diante de Deus, e então poder desfrutar
de tudo isto porque Jesus não apenas pagou o preço exigido em sua morte, como
também, ressurgiu dos mortos para a realização de todo este aparato jurídico,
necessário à nossa libertação e defesa contra nossos acusadores, agindo como
nosso Advogado no céu, para garantir a nossa justificação.
O apóstolo João, por isso, em sua primeira epístola ao
falar de Jesus como nosso Advogado, I Jo 2.1, ele diz que ele é fiel e justo para
nos “purificar de toda injustiça”, como se referindo de um modo peculiar ao ato
da justificação, caso confessemos os nossos pecados, I João 1.9.
Como isto poderia ter sido feito senão pela sua
ressurreição? Daí ser afirmado na Palavra que ele ressuscitou por causa da
nossa justificação, ou seja, para ativá-la, para administrá-la, para não
somente nos atribuir a sua própria justiça, como também para implantá-la
progressivamente ao nosso caráter, por nos fazer participantes de sua própria
vida e virtudes.
Daí a grande certeza do apóstolo ao indagar: Quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus? Quem os condenará? E então
apresenta o argumento final: eles estão justificados e é Deus quem os justifica
desta forma jurídica incontestável, quer perante toda a Terra, quer perante o
céu, ou até mesmo perante o próprio inferno.
O plano de justificação dos pecadores é perfeito e
completamente seguro, de forma que também é segura a salvação daqueles que são
justificados por meio da fé em Cristo.
Não há neste plano divino qualquer brecha que possa dar
ocasião a uma apelação ou ação por parte de tudo e todos que tentem anular o
direito que Cristo conquistou para os justificados, de modo que eles podem
repousar seguros que este direito nunca poderá lhes ser negado ou retirado,
ainda que parcialmente.
Tão perfeito é o ato da nossa justificação, que se diz
que nosso Senhor aparecerá uma segunda vez em sua volta, sem pecado, Heb 9.28, ou seja, a justificação garantirá a
nossa perfeição espiritual por ocasião de sua volta, de tal forma, que não
haverá nenhuma necessidade que ele carregue de novo os nossos pecados sobre si,
como fizera em seu primeiro advento, para que pudéssemos receber esta
justificação. Assim, aparecerá sem pecado, não que tivesse pecado antes, ou que
estivesse com algum pecado no céu, mas sem a necessidade referida de fazer
expiação pelo pecado em nosso lugar, uma segunda vez. Daí se dizer também, que
tendo ele “ressuscitado dentre os mortos, já não morre mais”, Rom 6.9, ou seja, pela perfeita justificação
que ele operou em nosso favor, jamais haverá necessidade de qualquer outra
expiação que demandasse que ele morresse de novo pelos pecadores. E também se
diz, que com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados, Heb 10.14.
Agora, todo este argumento da Palavra de Deus em favor da
ressurreição de nosso Senhor como prova e causa da nossa justificação, encoraja
e aumenta a nossa fé nele. Aumenta também a nossa gratidão e amor. Porque ainda
que não cheguemos a ter um conhecimento pleno da real profundidade deste
maravilhoso plano de salvação, ele funcionará para todos os que creem em
Cristo, independentemente do citado conhecimento pleno.
Mas bem faremos em aumentar no conhecimento desta graça e
do Senhor, conforme nos exorta a própria Palavra, para que jamais nos desviemos
da Rocha na qual somos firmados por meio da fé.
“Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão,
acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados,
descaiais da vossa própria firmeza; antes, crescei na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória,
tanto agora como no dia eterno.” – 2-Pedro 3:17-18
Bispo Luiz Tamburro
AS 95 TESES DE LUTERO
Contra o comércio das indulgências
31 de outubro de 1517
Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento
da verdade, discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. Padre
Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para
tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito. Em nome de
nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo:
Arrependei-vos... etc., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na
terra seja contínuo e ininterrupto arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada
como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e
satisfação, a cargo dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento
interno; o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é
arrependimento quando não produz toda sorte de mortificação da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a
verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a
saber, até à entrada para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar de outras penas além
das que impôs ao seu alvitre ou nem acordo com os cânones, que são estatutos
papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar dívida, senão declarar e
confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus, ou então o faz nos casos que lhe
foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida em absoluto deixaria
de ser anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o
subordine, em sincera humildade, ao ministro, seu substituto.
8ª Tese
Cânones poenitentiales, que são as ordenanças de
prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas são impostos
aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos
moribundos.
9ª Tese
Eis por que o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa,
excluindo este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da
necessidade suprema.
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que
reservam e impõe aos moribundos penitências canônicas ou para o purgatório a
fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de transformar a penitência e
satisfação, prevista pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do
purgatório, foi semeado enquanto os bispos dormiam.
12ª Tese
Outrora canônica poenae, ou seja, penitência e satisfação
por pecados cometidos, eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com
a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão
mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de
sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor imperfeitos da parte daquele que se acha
às portas da morte, necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto
menos o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem nos referirmos a
outras coisas, basta para causar o tormento e o horror do purgatório, pois se
avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes
quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e
certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e
o espanto das almas, também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas
razões e nem pela Escritura, que as almas do purgatório se encontram fora da
possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Parece ainda não ter sido provado que todas as almas do
purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem mais por ela, não
obstante nós termos esta certeza.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreender com as
palavras "perdão plenário de todas as penas" o perdão de todo o
tormento, mas tão só as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis por que erram os apregoadores de indulgências ao
afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante indulgência
do papa.
22ª Tese
Com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas do
purgatório das que, segundo os cânones da igreja, deviam ter expiado e pago na
presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das
penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muitos poucos.
24ª Tese
Logo, a maioria do povo é ludibriado com as pomposas
promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas
pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral que o papa tem sobre o
purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua
paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder o perdão às almas em
virtude do poder das chaves (coisa que não possui), mas pela ajuda ou em forma
de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento
em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem
lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão
da igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser
libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com S. Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do arrependimento e
pesar verdadeiros, muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão
dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e
pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança
indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo, juntamente com os seus mestres,
aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelar-se muito e ter cuidado daqueles que
dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dádiva
de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à
pena satisfatória, estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que
querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não
necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Tudo o cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus
pecados e sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida,
perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante
de todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem breve de
indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não devem desprezar o perdão e a
distribuição deste pelo papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão consiste
numa declaração do perdão divino.
39ª Tese
Ë extremamente difícil, mesmo para os mais doutos
teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência
e, ao contrário, o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o
castigo; mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as
aborreça, pelo menos quando há oportunidade para tanto.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência
papal, para que o homem singelo não julgue erradamente ser a indulgência
preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e
opinião do papa que a aquisição de indulgências de alguma maneira possa ser
comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, proceder melhor quem dá aos
pobres ou empresta ao necessitado do que os que compram indulgência.
44ª Tese
É que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o
homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor
senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu
próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências,
não adquire indulgência do papa, mas desafia a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura,
fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com
indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos ser a compra de indulgência
livre e não ordenada.
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que se o papa precisa
conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de
dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos serem muito boas as
indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais
quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que se o papa tivesse
conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgência, preferiria ver a
basílica de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne
e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por um dever
seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do
dinheiro pelos apregoadores de indulgência, vendendo, se necessário, a própria
basílica de São Pedro.
52ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é
vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências e o próprio papa
oferecessem sua alma como garantia.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da
prédica de indulgências proíbem a palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Comete-se injustiça contra a palavra de Deus quando, no
mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação
da palavra do Senhor.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a
indulgência, que é a coisa menor, com um toque de sino, uma pompa, uma
cerimônia, enquanto o evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado
mediante cem toques de sino, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da igreja, dos quais o papa tira e distribui
as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecidos
na Igreja de Cristo.
57ª Tese
É evidente que não são bens temporais, porquanto muitos
pregadores não os distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Também não são os merecimentos de Cristo e dos santos,
porquanto este sempre são suficientes, e, independente do papa, operam graça do
homem interior e são a cruz, a morte e o inferno do homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço chama aos pobres, os quais são membros da
Igreja, tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua
época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade,
que estes tesouros são as chaves da Igreja, que lhe foram dadas pelo
merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que, para o perdão das penas e para a
absolvição em determinados casos, o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo evangelho
da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado,
porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é notoriamente o
mais apreciado, porque faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos foram outrora as
redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que
hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências, apregoadas pelos seus vendedores como a
mais sublime graça, decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes
proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indulgência é a mais ínfima
graça, comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os
comissários das indulgências apostólicas com toda reverência.
70ª Tese
Entretanto tem muito maior dever de conservar abertos os
olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens
recebidas do papa, não apregoem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências
papais é excomungado e maldito.
72ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras
insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar
com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem
astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão
àqueles que, sob pretexto de indulgências, prejudicam a santa caridade e a
verdade pela sua maneira de agirem.
75ª Tese
Considerar a indulgência do papa tão poderosa, a ponto de
absolver alguém dos pecados, mesmo que (coisa impossível de se expressar)
tivesse deflorado a mãe de Deus, significa ser demente.
76ª Tese
Bem ao contrário afirmamos que a indulgência do papa nem
mesmo pode anular o menor pecado venial no que diz respeito a culpa que
representa.
77ª Tese
Afirmar que nem mesmo São Pedro, se no momento fosse
papa, poderia dispensar maior indulgência, constitui insulto contra São Pedro e
o papa.
78ª Tese
Dizemos, ao contrário, que o atual papa, e todos os que o
sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o evangelho, dom de
curar, etc., de acordo com o que diz 1 Corinto 12.6-9.
79ª Tese
Alegar ter a cruz de indulgências, erguida e adornada com
as armas do papa, tanto valor como a própria cruz de Cristo é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante
linguagem diante do povo, terão de prestar contas desta atitude.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e
insolentemente a indulgência, torna difícil até homens doutos defenderem a
honra e dignidade do papa contra a calúnia e as perguntas mordazes e astutas
dos leigos.
82ª Tese
Haja vista exemplo como este: Por que o papa não livra
duma só vez todas as almas do purgatório, movido pela santíssima caridade e
considerando a mais premente necessidade das mesmas, havendo santa razão para
tanto, quando, em troca de vil dinheiro para a construção da basílica de São
Pedro, livra inúmeras delas, logo por motivo bastante infundado?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano
em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para
esse fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou
prebendas oferecidos em favor dos mortos, quando já não é justo continuar a
rezar pelos que se acham remidos?
84ª Tese
E: Que nova santidade de Deus e do papa é esta a
consentir a um ímpio e inimigo resgate uma alma piedosa e agradável a Deus por
amor ao dinheiro e não livrar esta mesma alma piedosa e amada por Deus do seu
tormento por amor espontâneo e sem paga?
85ª Tese
E: Por que os cânones de penitência, isto é, os preceitos
de penitência, que faz muito caducaram e morreram de fato pelo desuso, tornam a
remir mediante dinheiro, pela concessão de indulgência, como se continuassem em
vigor e bem vivos?
86ª Tese
E: Por que o papa, cuja fortuna é maior do que a de
qualquer Creso, não prefere construir a basílica de São Pedro de seu próprio
bolso em vez de o fazer com o dinheiro de cristãos pobres?
87ª Tese
E: Que perdoa ou concede o papa pela sua indulgência
àqueles que pelo arrependimento completo tem direito ao perdão ou indulgência
plenária? 88ª Tese
Afinal: Que benefício maior poderia receber a igreja se o
papa, que atualmente o faz uma vez ao dia cem vezes ao dia concedesse aos fiéis
este perdão a título gratuito?
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas mediante a
indulgência do que o dinheiro, por que razão revoga os breves de indulgência
outrora por ele concedidos, quando tem sempre as mesmas virtudes?
90ª Tese
Desfazer estes argumentos muito sutis dos leigos,
recorrendo apenas à força e não por razões sólidas apresentadas, significa
expor a igreja e o papa ao escárnio dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se, portanto, a indulgência fosse apregoada no espírito e
sentido do papa, estas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo
teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos este pregadores que dizem à igreja
de Cristo: Paz! Paz! Sem que haja paz!
93ª Tese
Abençoados, porém, sejam todos os pregadores que dizem à
igreja de Cristo: Cruz! Cruz! Sem que haja cruz!
94ª Tese
Admoeste-se os cristãos a que se empenhem em seguir seu
Cabeça, Cristo, através da cruz, da morte e do inferno;
95ª Tese
E desta maneira mais esperem entrar no reino dos céus por
muitas aflições do que confiand
DOM DE
LÍNGUAS
Levemos em consideração parte do comentário de
Gary Fisher, que, apesar de Cessacionista, nos pareceu perfeito. Decerto que
rejeitei o que não nos acrescentaria como Continuista, não por achar errado o
restante de seu estudo, mas pelo fato do mesmo defender sua teologia.
Vejamos:
“ Quase todos os grupos religiosos tentam
"provar" que são a religião verdadeira. Freqüentemente, eles apelam
para algum tipo de sinal, milagre ou experiência sobrenatural.
Como podemos saber com certeza se um sinal ou uma língua
ou um fenômeno sobrenatural é de Deus ou não?
A existência de falsos sinais, prodígios de mentira e milagres falsificados não surpreenderá os estudantes sérios da Bíblia. Numerosos textos bíblicos advertem sobre estas coisas (Mateus 24:4; 2 Coríntios 11:13-15; 2 Timóteo 3:13; Apocalipse 13:13-14; 16:13-14). Se acreditarmos na Bíblia, podemos esperar uma abundância de falsos milagres.
Então, como saberemos quais sinais são verdadeiros e quais não são? Primeiramente, comparando o ensinamento do operador do sinal com as Escrituras para ver se sua mensagem é verdadeira.
A existência de falsos sinais, prodígios de mentira e milagres falsificados não surpreenderá os estudantes sérios da Bíblia. Numerosos textos bíblicos advertem sobre estas coisas (Mateus 24:4; 2 Coríntios 11:13-15; 2 Timóteo 3:13; Apocalipse 13:13-14; 16:13-14). Se acreditarmos na Bíblia, podemos esperar uma abundância de falsos milagres.
Então, como saberemos quais sinais são verdadeiros e quais não são? Primeiramente, comparando o ensinamento do operador do sinal com as Escrituras para ver se sua mensagem é verdadeira.
João nos adverte para testar os espíritos: "Amados,
não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de
Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João
4:1). “
Ele revela o teste a usar: "Nós somos de Deus;
aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos
ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro" (1
João 4:6).
O teste é a revelação escrita pelos apóstolos. Os
cristãos de Beréia são um bom exemplo: "Ora, estes de Beréia eram mais
nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram, de fato,
assim" (Atos 17:11).
Paulo operou sinais em Beréia, mas os cristãos dali
determinaram se Paulo era de Deus ou não, comparando sua pregação com as
Escrituras. (Deuteronômio 13:1-5; Jeremias 23:25-32; 1 Coríntios 12:1-3; 1
Tessalonicenses 5:21 podem ser estudados para mais ajuda neste ponto).
Infelizmente, muitas pessoas vêem acontecimentos espantosos e, automaticamente, concluem que eles vêm de Deus.
Infelizmente, muitas pessoas vêem acontecimentos espantosos e, automaticamente, concluem que eles vêm de Deus.
Precisamos perceber que coincidência, pensamento
positivo, ilusão fraudulenta e o Diabo podem falsificar milagres bíblicos.
Contudo, as falsificações nunca poderão igualar-se aos milagres reais. Deus
mostrou que seu Filho era inigualável por meio de sinais que hoje ninguém
sequer pretende realizar: transformar água em vinho, multiplicar pães e peixes,
caminhar sobre as águas, curar instantaneamente um cego, surdo e leproso, e
ainda ressuscitar um morto.
Como a Bíblia descreve o dom de línguas falado hoje nas
Igrejas notadamente Pentecostais?
Segundo a Palavra de Deus, Paulo deixou-nos regulamentado
o uso das línguas, vejamos:
(1 Coríntios 14:26-40)
Em 1 Coríntios 14:26-40 encontram-se vários regulamentos
para o uso das línguas da Bíblia. Existem regras específicas e princípios
gerais. Quase todas estas regras a serem obedecidas no uso das línguas da
Bíblia são habitualmente violadas por aqueles que pretendem falar línguas da
Bíblia.
Tipo das Línguas na Bíblia: Idiomas Verdadeiros
Atos 2
v. 4 "em outras línguas"
v. 6 "cada um ouvia falar na sua própria língua"
v. 8 "ouvimos falar, cada um em nossa própria língua"
v. 9-11 lista das nações
v. 11 "ouvimos falar em nossas próprias línguas"
1 Coríntios 14
v. 2,4,5, etc. "língua" quer dizer "idioma"
v. 13 "interpretar" quer dizer "traduzir"
v. 11 "estrangeiro" quer dizer "alguém que fala uma linguagem diferente"
v. 21 Referência à linguagem assíria
v. 10 "Há . . . muitos tipos de vozes no mundo, nenhum deles, contudo, sem sentido"
Tipo das Línguas na Bíblia: Idiomas Verdadeiros
Atos 2
v. 4 "em outras línguas"
v. 6 "cada um ouvia falar na sua própria língua"
v. 8 "ouvimos falar, cada um em nossa própria língua"
v. 9-11 lista das nações
v. 11 "ouvimos falar em nossas próprias línguas"
1 Coríntios 14
v. 2,4,5, etc. "língua" quer dizer "idioma"
v. 13 "interpretar" quer dizer "traduzir"
v. 11 "estrangeiro" quer dizer "alguém que fala uma linguagem diferente"
v. 21 Referência à linguagem assíria
v. 10 "Há . . . muitos tipos de vozes no mundo, nenhum deles, contudo, sem sentido"
De fato, é verdadeira a afirmação de que as línguas
expostas na Palavra de Deus, principalmente em Atos 2 e Coríntios 14, tem
grandes diferenças ao que se fala nos dias de hoje:
Em At 2, o que aconteceu foi um fenômeno chamado de
XENOGLOSSIA (do grego xen(o) = estranho,
estrangeiro + gloss(o) = língua) consiste
no falar, de forma espontânea, em língua ou línguas, que não foram previamente
aprendidas.1
É também um
suposto fenômeno metapsíquico no qual uma pessoa seria
capaz de falar idiomas que nunca aprendeu, como, por exemplo, uma pessoa
começar a falar alemão fluentemente sem nunca ter aprendido alemão, ser
alemão ou conviver com alemães.
Neste texto
os Apóstolos foram dotados da capacidade de ser entendidos na língua de cada um
falando eles em sua própria língua ou mesmo falando nestas línguas.
A este fenômeno no meio teológico Pentecostal chamamos o
Dom de Línguas de GLOSSOLALIA (originado da palavra grega “glossa = língua”, e “lalin = falar”) é
originalmente um termo religioso que é mencionado no Novo Testamento, e
refere-se ao “DOM”-“presente” que os Apóstolos receberam através da descida do
Espírito Santo em Pentecostes, e eles por sua vez, transmitiram a outros que
também creram na promessa, por imposição das mãos “para assim falar
fluentemente idiomas estrangeiros sem ter aprendido, como no Pentecostes.”
Em nossos dias, o movimento Pentecostal acentuou em seus
cultos o que chamamos de Línguas dos Anjos que é mencionado apenas em I Co 13.1
e que uma boa parte dos teólogos cessacionista têm como uma Hipérbole, ou seja, em 1Co 13.1-3 o autor faz um exagero (uma hipérbole)
sobre falar em línguas, profecia, fé e liberalidade em ajudar os necessitados,
a fim de mostrar a superioridade e importância do amor.
Ele diz “ainda que” eu fale as
línguas... e (exagera) dos anjos... tenha o dom de profetizar e conheça TODOS
OS MISTÉRIOS E TODA CIÊNCIA( alguém tem o dom da onisciência ?)... tenha fé...
TRANSPORTE MONTES ( é essa a finalidade???)... distribua meus bens... e
ENTREGUE MEU CORPO PARA SER QUEIMADO ( isso ajudaria alguém??).
Estes também sustentam que além de
Paulo não estar afirmando que o dom de línguas seja o falar também em línguas
dos anjos, a Bíblia também não registra em nenhum lugar um crente sequer
falando em língua dos anjos
Bem, na realidade, vemos sim uma certa controvérsia entre
o que os Pentecostais entendem como língua dos Anjos e o que de fato está
registrado na Bíblia.
É fato que todas as vezes que os Anjos falaram aos homens
usaram a língua destes para se comunicarem, seja os que falaram com Abraão, o
que falou com Daniel, o anunciador de Maria e nem mesmo Deus falou uma língua
diferente à Adão e Eva ou à Moisés e outros... de fato não há alusão à algum
tipo de língua originariamente angelical ou nem mesmo pode-se entender que
exista uma biblicamente falando.
O QUE NÓS PENTECOSTAIS FALAMOS
ENTÃO ?
Entendo que o que nós Pentecostais afirmamos ser
Línguas dos Anjos e alguns outros grupos cristãos tradicionais ( por
antiguidade, é claro ) afirmam ser sílabas sem sentido, palavras desconexas ou
até mesmo diabólica ( neste caso também seriam “ dos anjos “... caídos ), é
assim denominado, justamente pelo fato de ser a mesma incompreendida por
qualquer ser humano ( Rm 8.26 ), à não ser por àqueles à quem Deus permite
interpretá-las ( I Co 14.5 ), desta forma, assim como tudo na Palavra de Deus,
apesar de sua infalibilidade escritural, é necessário que também neste assunto
se trabalhe a atuação do Espírito Santo nas entrelinhas da Bíblia, logicamente
se observadas as “ regras “ predispostas e os exemplos bíblicos para tal.
Quem sabe, talvez, o vs. 12 do Cap. 19 de Ap, nos dê uma
alusão á existência de uma língua angelical ou divina ?
“ E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua
cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém
sabia senão ele mesmo. “
QUEM PODE RECEBÊ-LAS E COMO ?
Apesar de que algumas vertentes teológicas sustentam que
na Bíblia, o batismo pelo Espírito Santo ocorreu somente duas vezes: aos
Apóstolos, em Atos 2, para capacitá-los a revelar o Novo Testamento e a
Cornélio e sua família, em Atos 10, para mostrar a aprovação, por Deus, da
conversão dos gentios e que depois destes dois casos, a Bíblia diz que agora só
existe um batismo (Efésios 4:5), o batismo na água para remissão dos pecados
(Mateus 28:18-20; Atos 2:38; Efésios 5:26) e que portanto, se alguma pessoa falasse
em línguas da Bíblia hoje em dia não poderia havê-las recebido da maneira pela
qual eram recebidas na Bíblia, entendemos que, no caso acima, com certeza, tais
afirmações, inclusive supostamente com base bíblica concebível, as mesmas
denotadamente são sustentadas por Teólogos Cessacionistas que geralmente
embasam suas teologias no fato de que ao se receber à Jesus como Salvador, já
se recebe o Espírito Santo e que todos os dons foram exercidos unicamente pelos
Apóstolo e cessaram com suas mortes, assim como o próprio Batismo no Espírito
Santo não aconteceria mais nos dias de hoje.
Lógico que como Pentecostais coerentes que somos,
discordamos em tais pontos.
O dom de “ Variedade de Línguas “ está
descrito na Lista dos Dons do Apóstolo Paulo em I Co 12.1-11, assim como o Dom
de Interpretação.
Já neste texto podemos ver que não se fala em Línguas
Estranhas ou Línguas dos Anjos, mas fala-se de “ Variedade de Línguas “, desta
forma, subentende-se que não podemos de forma alguma limitar tal variedade
somente as línguas dos homens, mas deixa-nos transparecer muitas outras formas
de linguagem... lembre-se que existem línguas antigas que ninguém conseguiu até
hoje interpretar ou mesmo traduzir, se isso acontece com línguas humanas porque
não com as divinas ?
Biblicamente, o Dom da Variedade de Línguas é “ cedido “
( não pertence ao homem ) àqueles que são Batizados no Espírito Santo. As
Igrejas Pentecostais, como Assembléias de Deus, por exemplo, crêem e ensinam
ser este a primeira evidência do Batismo no Espírito Santo por ter sido esta a
primeira manifestação bíblica, mas tal afirmação ou outra qualquer não é
relevante para a atuação do Espírito de Deus nos seus santos...
QUAL O PROPÓSITO DE SE FALAR EM
LÍNGUAS ?
1. Confirmar
a Palavra (Marcos 16:17-20; Atos 2; 1 Coríntios 14:22; Hebreus 2:3-4)
2. Edificar
a Igreja (1 Coríntios 14:5-6, 26)
3. Adoração
de Deus
EXISTEM HOJE FALSOS PROPÓSITOS ?
Sim, todos movidos por egocentrismo e satisfação
pessoal...
1. Demonstração
de salvação
2. Glória
pessoal
Conclusão:
Espero que tenha ajudado com este breve estudo. Gostaria
que todos que o leram entendam que é uma responsabilidade enorme o de utilizar
qualquer dos dons e que se lembrem de que qualquer que seja o dom que Deus lhe
conceder que o faça com muita reverência e temor, pois o inimigo se infiltra e
imita e se não estivermos na brecha podemos ser enganados e levar muitos ao
inferno ao invés do céu.
Deus abençoe à todos !
Bispo Luiz Tamburro
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